segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bandas que podem salvar o rock – Quarto Negro


A série de reportagens da coluna Aperte o Play! e blog Céu Adentro continua a todo o vapor com as bandas mais legais da cena rock brazuka atualmente. Dessa vez, quem falou comigo foi o pessoal da banda Quarto Negro. Confiraaa!

O grupo paulista vem ganhando espaço na cena e colecionando uma série de êxitos em um curto espaço de tempo. Após o lançamento de seu primeiro EP “Buu” (2008) e uma temporada em Nova Iorque, os rapazes partiram para uma temporada na inspiradora cidade de Barcelona, em pleno verão europeu, para fazer seu aguardado álbum de estréia.

Após três meses de trabalho na capital catalã, a Quarto Negro se prepara para o lançamento do álbum ainda no primeiro semestre de 2011. Se você ainda não conhece essa banda, a hora é agora! Com vocês, Quarto Negro!

Aperte o Play! - Quem é a Banda Quarto Negro?
Quarto Negro - A banda hoje é Eduardo Praça, vocais e guitarra, Thiago Klein no piano, Fabio Brazil no baixo e vocais e a partir da próxima turnê teremos alguns músicos rotativos, como trompetistas, bateristas e guitarristas.

AP - O que querem/esperam/sonham com esta investida musical?
QN - Há um bom tempo, a música é praticamente a única coisa que nos toma tempo. Acordamos e dormimos no ritmo da banda. Por mais ingênuo que pareça, estamos tentamos deixar outras atividades em segundo plano, pra que as coisas possam funcionar de uma forma mais dinâmica e produtiva.

AP - Como está a agenda de shows?
QN - Estaremos estreando nossa turnê do novo disco "Desconocidos", gravado em Barcelona, à partir de junho, por todo o Brasil e em qualquer lugar que nos acolha de forma estruturada. Temos alguns shows já confirmados, mas pensamos em divulgar uma agenda mais completa nos próximos dias.

AP - Como funciona o processo de composição do grupo?
QN - Até então, com base no último disco, a banda assina 10 das 11 músicas como uma parceria entre o Edu e o Thiago, e uma música no disco foi composta pelo Fabio. Geralmente trabalhamos arranjos juntos posteriormente, e as letras são compostas pelo Eduardo.

AP - Quais são as influências da banda?
QN - Temos ouvido muito Vangelis Papathanassíu, um compositor grego radicado em Paris, que achamos fantástico. Uma banda sueca chamada Mando Diao que todos deveriam conhecer. E por fim, Stravinsky e Stockhausen, dois compositores de música clássica nada comum.

AP - Sobre os integrantes, quem são eles? Como entraram para a banda?
QN - O Eduardo começou o grupo quando estava em Nova Iorque em 2008. Quando voltou, começou a esboçar alguns lançamentos e convidou o Fabio que outrora tocou junto no grupo Ludovic, e o Thiago, antigo amigo. Alguns bateristas passaram, gravaram e foram embora, então agora somos nós três, até segunda ordem.

AP - Como vocês observam a cena independente no Brasil (e fora dele para as bandas brasileiras) atualmente?
QN - Ainda não excursionamos em todos os lugares do país, e até agora fizemos as coisas muito por conta própria. Mas temos tido muitas oportunidades e conhecido muita gente interessante, o quê já me alegra. Há 10 anos atrás as coisas eram bem diferentes. Outro dia, passei de carro em frente à um rancho caipira, que fiz um show com o Ludovic na zona leste de São Paulo, que embora tenha sido memorável, fico aliviado de que as coisas evoluíram até certo ponto. No geral as coisas caminham bem, e podem contar com a nossa ajuda para tudo que for trabalho sério e prestativo. Fora do Brasil, as coisas são diferentes, existem um tratamento com relação à cultura que ainda não temos. Existe um respaldo maior por conta da sociedade, o que facilita um pouco as coisas. Todavia, à parte de todo o glamour, acho que também estamos caminhando, porém em proporções maiores e mais animadoras.

AP - O que vocês esperam do rock deste país em 2011?
QN - Muita coisa, uma vez que grandes bandas estão lançando discos em 2011. Vanguart, Jair Naves, Pública, Los Porongas e muitas outras.

AP - Indiquem 3 bandas que vocês gostem para a galera ouvir este ano
QN - Twin Shadow do Brooklyn, Câmera de Belo Horizonte e Aphrodites Child do além.

Conheça o som da banda Quarto Negro no site oficial: www.myspace.com/quartonegro

A entrevista foi publicada na coluna Aperte o Play! do Jornal Primeira Página de São Carlos (Pág. 2 do Caderno de Cultura) no último domingo (24/04/2011).

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Bandas que podem salvar o rock – Lupe de Lupe

A cena mineira já revelou nomes extremamente importantes para a música nacional como Sepultura, Pato Fu, Skank entre muito outros. Atualmente, um dos nomes mais promissores da cena mineira é a banda belorizontina Lupe de Lupe, que por sinal, é a entrevistada da semana na série “Bandas que podem Salvar o rock”. Confira!

Aperte o Play! - De onde é e quanto tempo a Banda Lupe de Lupe tem de vida?
Lupe de Lupe - Somos de Belo Horizonte e temos dois anos de carreira. Não seria uma carreira ainda, é claro. Dois anos dessa bagunça.

AP - O que querem/esperam/sonham com este projeto?
LDP - Nosso sonho é viver fazendo o que mais amamos. Não temos pretensão de ser uma grande banda de sucesso ou fazer muito dinheiro. Se ganharmos um pouco e ainda tivermos resposta positiva sobre nossos lançamentos e nossos shows, vamos continuar fazendo o que estamos fazendo agora. Eu duvido que o Dinosaur Jr e o My Bloody Valentine estejam ganhando muito dinheiro. No entanto, os caras deixaram uma marca na música mundial. Mesmo que a grande massa não os conheça, sempre vão ter pessoas ouvindo as músicas e assim eles vão viver pra sempre, sabe? Só queríamos continuar lançando músicas, eu acho. Não precisamos tocar no Faustão. Quem sabe um dia tocar no Altas Horas (rs).

AP - Quais os planos para 2011
LDP - Bem, acho que é lançar uma música e um clipe no primeiro semestre, e talvez outra música e outro clipe no segundo semestre. Essas músicas vão estar no próximo EP que sairá no começo do ano que vem, na mesma época do "Recreio" desse ano. Mais ou menos o mesmo processo que fizemos com o clipe e música de "A Escrava Isaura" e "Para Viver Um Grande Amor". Por enquanto é só.

AP - Como está a agenda de shows?
LDP - Esse começo de ano foi movimentado. Tocamos em São Paulo, Contagem, Cuiabá, Campo Grande, Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte, no fim. Agora estamos de férias. Vamos nos concentrar na gravação dessa primeira música que deve sair até em junho. Talvez rolem shows em Belo Horizonte e São Paulo. Mas vamos ver ainda.

AP - Como funciona o processo de composição do grupo?
LDP - Bem, inicialmente cada um compõe a letra e a estrutura de cada música que canta. Como todos cantamos na banda, vira uma bagunça se você invadir o espaço do outro. Por isso é sempre melhor deixar a composição mais limpa e sem complicação para o resto do grupo poder trabalhar no aspecto que quiser dentro da música. Por exemplo, "A Escrava Isaura" e "Para Viver Um Grande Amor" são composições, minha e do Vitor respectivamente, de quando a gente tinha uns 15 anos. Só quando a gente foi gravar o EP que elas tomaram forma e viraram músicas da banda de fato, antes era só voz e violão de fato. Aí um coloca uma guitarra barulhenta aqui e ali, todo mundo dá pitaco nos arranjos e temos uma música da Lupe de Lupe.

AP - Quais são as influências da banda?
LDP - As principais influências acredito que são Sonic Youth e My Bloody Valentine. Mas existem outras é claro, ouvimos muito Ludovic, Hüsker Dü, Wilco, Dinosaur Jr e Mogwai. Somos muito fãs de coisas novas como Animal Collective, Grizzly Bear, Yuck e No Age. Mas essas últimas não influenciam tanto no nosso som, a gente só bebe da mesma fonte e por isso se identifica um pouco, eu acho. Por falar nisso, esse próximo EP vai sair muito influenciado por Ludovic, as músicas vão ser mais curtas e mais punks. Somos herdeiros do Ludovic e do Los Hermanos, apesar de tudo. Mas sempre achamos que as músicas do Ludovic são mais divertidas de tocar e muito melhores para se tocar ao vivo. Um show de punk é mais divertido do que um show de mpb, sem dúvida. E combina mais com a gente.

AP - Sobre os integrantes, quem são eles? Como entraram para a banda?
LDP - Bem, eu (Renan), Cícero e Vitor estamos desde o início da banda, a gente se conheceu na UFMG. Nessa época o Cícero ainda era guitarrista, foi quando gravamos o EP "Recreio". Depois passamos grandes problemas com muitos bateristas em Belo Horizonte e acabou que o Cícero começou a tocar bateria. Deu muito certo e chamamos o Gustavo Scholz pra tocar guitarra. Isso deu uma nova cara pra banda e estamos muito satisfeitos com ela do jeito que está: todos cantando, inclusive o baterista, além de eu e o Vitor dividimos os vocais na maioria das músicas. Se um dia o Cícero quiser voltar a tocar guitarra a gente chama um baterista e ficamos com três guitarras.

AP - Como vocês observam a cena independente no Brasil atualmente?
LDP - A cena está em desenvolvimento. Acho que daqui a 10 anos poderemos nos equiparar com algum país desenvolvido. As pessoas no Brasil não tem uma cultura de ir em shows de bandas desconhecidas ainda, por isso a maioria das bandas acabam tocando para ninguém em alguns lugares. Por outro lado, grandes festivais estão sendo organizados e tem atraído muita gente. Porém, esses festivais não dão abertura para bandas de fato originais e isso tem feito com que essas bandas percam muito espaço no país.
Dessa forma, a maior reclamação continua sendo das bandas e sobre as bandas. Faltam bandas com energia e originalidade no país. O louvor ao "mesmo de sempre" de guitarras acima da cintura e a procura da perfeição de som e não de presença ou energia no palco tem de acabar. Mas isso não sei se tem solução, de fato. Tem muita banda igual a outra por aí, e penso que o povo deve começar a esquecer o indie tradicional e procurar outros meios, outras texturas e outras timbragens. Sei lá. São muitos problemas. Sabe, é maravilhoso ver o "Macaco Bong" tocando pra uma casa lotada em São Paulo, mas isso é por influência ou é pelo som dos caras mesmo? Eu acho o som e a atitude deles muito foda. Mas não sei. Acho que muita gente ainda tá indo ver a banda por pura influência dos outros e não porque gostam de fato. Se eles gostassem a gente viveria num país perfeito. Mas já é ótimo eles estarem indo ver o "Macaco Bong". Sei lá, é muita coisa.

AP - O que vocês esperam do rock deste país em 2011?
LDP - É muito cedo pra esperar que alguém espere algo da gente esse ano. Então não falarei da nossa banda. A única coisa que a gente realmente espera de 2011 é o lançamento e a canonização do cd completo do Jair Naves. Ele merece.

AP - Indiquem 3 bandas que você goste para a galera ouvir este ano
LDP - A maior desfeita brasileira cai sobre Ludovic, que deveria ser uma banda conhecidíssima, eu sempre falo para todo mundo ouvir mais Ludovic. As outras duas que estamos curtindo esses dias são Quase Coadjuvante (o Pavement de Belo Horizonte) e Loomer.

Conheça o som da banda Lupe de Lupe no site oficial: www.myspace.com/lupedelupe

A entrevista foi publicada na coluna Aperte o Play! do Jornal Primeira Página de São Carlos (Pág. 2 do Caderno de Cultura) no último domingo (10/04/2011).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

07/04 - Dia do Jornalista

Parabéns a todos os amigos jornalistas que trabalham com a verdade e defendem a sociedade.

Esta, por sua vez, é maior que o mercado.O leitor não é consumidor, mas cidadão. Jornalismo é serviço público, não espetáculo.

7 de Abril - Dia do jornalista

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nirvana live forever!


Há 17 anos, Kurt Donald Cobain partia para o andar de cima. O líder do Nirvana foi um dos nomes mais expoentes e perturbados da história do rock e se suicidou em 5 de abril de 1994. Ídolo de uma geração, ele deixou um legado de clássicos do rock que mudaram a vida de muita gente. Inclusive a minha.  Na verdade, ouso dizer que o Nirvana foi para a geração anos 90 o que os Beatles foram para  a geração anos 60, ou seja, muita coisa.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Confira o trailer da nova versão do clássico THUNDERCATS

O Cartoon Network divulgou neste final de semana na WonderCon, na Califórnia (EUA), um novo trailer da série animada ThunderCats.
Em junho de 2010, a Warner Bros. anunciou que o clássico desenho da década de 80 ganharia uma nova versão em 2011.
Na época, o estúdio disse que a nova versão conquistaria tanto os fãs da série original quanto as pessoasque nunca ouviram falar em ThunderCats. (Com informações do portal R7)



Bandas que podem salvar o rock – Vespas Mandarinas

A série de reportagens da coluna Aperte o Play! (editada semanalmente no Jornal Primeira Página de São Carlos SP) e blog Céu Adentro continua, desta vez com a super banda Vespas Mandarinas.

O grupo, que esteve recentemente em São Carlos e Araraquara, é uma das apostas deste colunista para movimentar a cena rock and roll do país durante o ano. A entrevista foi feita com diretamente com o Chuck Hipolitho (ex- Forgotten boys), vocalista e guitarrista da banda. Enjoy!

APERTE O PLAY! - Qual é a das Vespas Mandarinas (O que querem/esperam/sonham com este projeto musical)?
Chuck Hipolitho - Cara, queremos fazer um som que seja rock, mas que seja pop também. No momento, sonhamos em continuar fazendo música que julgamos legal e esperamos atrair atenções com isso. Queremos fazer um rock pop nacional de qualidade.

AP - Quais são os planos da banda para 2011?
CH - Lançaremos jajá um EP com 4 músicas pelo selo Vigilante chamado Sasha Grey, e aí é cair na estrada... sem muitos planos. Apenas trabalhar.

AP - Como funciona o processo de composição, já que há dois cantores/guitarristas dividindo os vocais e guitarras nos shows?
CH - Tem sido muito variado, mas ultimamente, o Thadeu é quem tem aparecido com as músicas dele prontas ou coloca uma letra em alguma música minha. Não estou com muito tempo para compor. O Adalberto Rabelo Filho é um parceiro nas letras também.

AP - Quais são as influências da banda?
CH - Praticamente tudo influencia a gente, principalmente o rock nacional da década de 80 e 90. Titãs, Paralamas... tudo.

AP - Sobre os integrantes, quem são eles? Os caras do SugarKane estão oficialmente na banda?
CH - Sim, Pindé e o Flavinho estão oficialmente. São amigos e tocam juntos no Sugarkane também. O Pindé é um dos bateristas mais fantásticos que já conheci e junto com o Flavio, forma uma cozinha que é literalmente um prato cheio para quem tem banda. É um prazer contar com talento e a generosidade dos dois. E fora isso, eu sou o Chuck (Hipólitho, ex-guitarrista da banda Forgotten Boys e também apresentador do programa Big Áudio da MTV), e também tem o Thadeu Meneghini (guitarra e voz).

AP - Como vocês observam a cena independente no Brasil atualmente?
CH - Se solidificando, e dando um passo importantíssimo rumo à profissionalização. Em todos os campos.

Para conhecer o som da banda Vespas Mandarinas acesse www.myspace.com/vespasmandarinas