quarta-feira, 29 de junho de 2011

Discos para download - Incubus - Complete discography

Hello friends!

O post com o último disco do Incubus foi o recordista de downloads na história deste blog . Sendo assim, resolvi que era hora de aumentar o cardápio. Então, segue agora a discografia completa da banda (todos os discos de estúdio) para vocês baixarem. Em breve o Céu Adentro deverá aumentar seu conteúdo de resenhas e entrevistas, além de colocar videos e livros para download. Até mais!

Incubus - Discografia completa de estúdio

1995 - Fungus Amongus
Track list:

1 - You Will Be a Hot Dancer
2 - Shaft
3 - Trouble in 421
4 - Take Me To Your Leader
5 - Medium
6 - Speak Free
7 - The Answer
8 - Psychopsilocybin
9 - Sink Beneath the Line
10 - Hilikus
Download - http://migre.me/58Bpc

1997 - S.C.I.E.N.C.E
Track list:

1 - Redefine
2 - Vitamin
3 - New Skin
4 - Idiot Box
5 - Glass
6 - Magic Medicine
7 - A Certain Shade of Green
8 - Favorite Things
9 - Summer Romance (Anti-Gravity Love Song)
10- Nebula
11 - Deep Inside
12- Calgone (Em "Calgone" existe uma faixa bônus)
Download - http://migre.me/58BrQ



1999 - Make Yourself
Track list:

1 - Privilege
2 - Nowhere Fast
3 - Consequence
4 - The Warmth
5 - When It Comes
6 - Stellar
7 - Make Yourself
8 - Drive
9 - Clean
10 - Battlestar Scralatchtica
11 - I Miss You
12 - Pardon Me
13 - Out From Under
Download - http://migre.me/58BtX


2001 - Morning View
Track list:

1- Nice to know you
2 - Circles
3 - Wish you were here
4 - Just a phase
5 - 11 am
6 - Blood on the ground
7 - Mexico
8 - Warning
9 - Echo
10 - Have you ever
11 - Are you in?
12 - Under my umbrella
13 - Aqueous transmission
Download - http://migre.me/58Bx2


2004 - A Crow Left of the Murder
Track list:

1 - Megalomaniac
2 - A Crow Left of the Murder
3 - Agoraphobia
4 - Talk Shows on Mute
5 - Beware! Criminal
6 - Sick Sad Little World
7 - Pistola
8 - Southern Girl
9 - Priceless
10 - Zee Deveel
11 - Made for TV Movie
12 - Smile Lines
13 - Here in My Room
14 – Leech
Download - http://migre.me/58BB7

2006 - Light Grenades
Track list:
1 - Quicksand
2 - A Kiss to Send Us Off
3 - Dig
4 - Anna Molly
5 - Love Hurts
6 - Light Grenades
7 - Earth to Bella (Part I)
8 - Oil and Water
9 - Diamonds and Coal
10 - Rogues
11 - Paper Shoes
12 - Pendulous Threads
13 - Earth to Bella (Part II)
Download - http://migre.me/58DD9



2011 - If Not Now, When?
Track list:
01 – If Not Now, When
02 – Promises, Promises
03 – Friends And Lovers
04 – Thieves
05 – Isadore
06 – The Original
07 – Defiance
08 – In The Company Of Wolves
09 – Switch Blade
10 – Adolescents
11 – Tomorrow’s Food
Download - http://migre.me/54sLQ

Enjoy!

terça-feira, 28 de junho de 2011

A história do Blues V – Os anos 60, o blues britânico e as bandas de rock

Talvez o grupo de maior importância no então, recém surgido cenário blues britânico tenha sido John Mayall and the Bluesbreakers, que além de ter grande influência no crescimento do blues dentro do país, foi a banda-alçapão de músicos que viriam a se tornar importantíssimos nesse cenário musical em ascensão, como Eric Clapton, que posteriormente viria a formar o Cream, Peter Green que sairia do grupo para ser líder e compositor do Fleetwood Mac, e Mick Taylor, que seria requisitado como guitarrista dos Rolling Stones. E, com o reconhecimento mundial desses músicos, os nomes clássicos do folk-blues americano como Robert Johnson, Son House, Muddy Waters, Howlin' Wolf e B.B. King passaram a ser referências diretas.

Foi no Newport Folk festival de 1963 que o blues teve seu auge, com a apresentação de diversas figuras consagradas do estilo. Daí em diante praticamente todos os músicos dos mais diversos estilos provenientes do rock e blues regravaram clássicos antigos.

O Led Zeppelin, em seu primeiro álbum gravou uma série de composições de Willie Dixon, porém incluindo como autoria própria, o que resultaria em uma batalha judicial, que obrigaria a banda a identificar Dixon como autor original. Na América, os efeitos foram diretos, e músicos como Creedence Clearwater Revival, The Doors, Bob Dylan e Jimi Hendrix desenvolveram seus estilos próprios fundamentados nas raízes do blues. Internamente, nomes como Albert King, Freddie King e Buddy Guy, iniciaram uma mudança na sonoridade do blues, juntando elementos típicos do rock, a guitarra distorcida e pesada, com o som tradicional, o que levaria alguns puristas a rejeitarem essa nova "moda" que contrariava o purismo tradicional da música.

STEVIE RAY VAUGHAN - Durante o anos 70, o blues, como forma predominante de influência musical, que havia influenciado o surgimento de diversas outras tendências, ia perdendo espaço cada vez mais para os elementos eletrônicos e especialmente da era disco. Até meados dos anos 80 o blues quase inexistia como estilo musical.

As aparições dos músicos clássicos de Chicago eram cada vez mais esporádicas, e a própria nova moda rejeitava a sua tendência não comercial contrastante com a fase "Dancing" dos anos 80.
Porém foi com o guitarrista texano Stevie Ray Vaughan, que o blues ganhou novas forças. Virtuoso e intenso ao tocar, Vaughan trouxe à tona um estilo até então adormecido, regravando clássicos e criando uma marca própria, unindo elementos típicos do blues de Chicago de Albert King, B.B. King e Howlin' Wolf, com o virtuosismo de Jimi Hendrix. Medalhões apagados como B.B. King, Eric Clapton e outros voltavam a ser referências, e Vaughan foi o responsável por essa nova fase.

Vaughan gravou quatro álbuns de estúdio, e neles estão composições que se tornaram referências ao blues e suas vertentes.
Após a sua morte prematura em 1990, o blues nunca mais teve a mesma força e influênca que teve em tempos passados, e por isso seu nome é lembrado como um verdadeiro herói na história do blues. Coincidentemente ou não, o desaparecimento gradativo do blues no cenário mundial nos anos 90, coincidiu com a queda de praticamente todas as vertentes musicais expressivas, que foram cedendo espaços a estilos comerciais voltados para a mídia e para o marketing, pouco preocupados com uma expressão artística e cultural, da música como forma de transmissão de idéias e emoções, o que levou a uma queda acentuada na qualidade artística das composições musicais.

Porém numa proporção mais restrita, novos músicos de blues surgem no cenário musical americano como Keb' Mo' e Corey Harris, mas ainda longe de ser expressivo e significativo como outrora fora.
(Com informações obtidas na internet, livros e com a ajuda de amigos apaixonados pela música)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Disco para download - Muse - Live at Rock Am Ring 2010

O Rock Am Ring é um festival de rock realizado anualmente, desde 1985, em Nürburgring, na Alemanha.

Este show foi realizado na edição do ano passado do Rock Am Ring e o Muse , para variar, subiu ao palco e quebrou tudo!


Infelizmente, o show foi curto, com apenas 45 minutos de duração, mas de qualquer maneira foi um baita espetáculo.

Entre as músicas transmitidas estão "Uprising" e "Undisclosed Desires", singles do álbum The Resistance e outras clássicas como Starlight e Knights Of Cydonia (do Black Holes and Revelations) e Time is running out (do Absolution).

MUSE - Live Rock Am Ring 2010

Tracklist:
01 - Uprising
02 - Unnatural Selection
03 - United States Of Eurasia
04 - Undisclosed Desires
05 - Bliss
06 - Time Is Running Out
07 - Starlight
08 - Knights Of Cydonia

Download: http://migre.me/56eBc

Enjoy!!!!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Discos para download - Rage Against the Machine (Discografia) Albuns de estúdio + Live SWU Brasil 2010

Hello Friends!

Os discos para download de hoje são da banda mais avassaladora da nossa geração, a grande Rage Against The Machine. Eu nem vou ficar explicando muito, até porque só o nome da banda já diz tudo. Se você não conhece, essa é sua chance de mudar sua visão do mundo. Se conhece, tá na hora de ouvir esses discos de novo. URGENTE!

Logo mais faço um posto apenas com os ao vivo e bootlegs do grupo. Por hora, enjoy!


Rage Against The Machine - (1992)
http://migre.me/63Hor

Rage Against The Machine - EVIL EMPIRE (1996)
http://migre.me/63Hq8

Rage Against The Machine - The Battle Of Los Angeles (1999)
http://migre.me/63Htr

Rage Against The Machine - Renegades (2000)
http://migre.me/63Hve

Rage Against The Machine - Live at Swu Brasil (2010)
http://migre.me/63Hx0

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O blues e a história IV - A guitarra elétrica no Blues

Quando a guitarra elétrica surgiu, ela se tornou unanimidade absoluta dentro do blues. Nesse período, porém, nenhum outro nome consagrou tanto a guitarra solo como elemento central do blues quanto o mestre B.B. King.
B.B. KING - Influenciado diretamente por T-Bone Walker, outro virtuoso da guitarra solo, B.B. King (FOTO) criou um estilo único e quase inigualável de frasear o instrumento, de forma pura e melódica como poucos conseguem. O seu vibrato tornou-se marca registrada, dando aos solos de guitarra uma forma quase verbal. Sem falar de seu vocal-tenor que muitas vezes se destacava mais que o próprio instrumento. Ele Influenciou praticamente todos os guitarristas que vieram posteriormente e é classificado, merecidamente, como o "rei do blues". De fato, blues e B.B. King hoje são termos quase inseparáveis.
JOHN LEE HOOKER – Além de ter sido um dos primeiros a eletrificar a guitarra no blues, John Lee Hooker foi o precursor do Blues de Chicago, antes mesmo de Muddy Waters ganhar renome e importância, e suas obras foram de total referência na estilo Rock que estava nascendo. É inevitável não citar a figura de John Lee Hooker, que se identificaria posteriormente pelo seu Booggie, e seu estilo falado de cantar, que se tornaria sua marca registrada. Porém sua importância no blues vai muito mais além do que apenas uma vertente adjunta.
A HORA DA MUDANÇA - Um dos momentos mais marcantes do blues foi uma apresentação histórica de Muddy Waters em Londres no início dos anos 50. Esse show, catapultou de vez o blues para o mercado inglês e lhe deu respeito internacional. Dali em diante o blues ganharia renome internacional e influenciaria o surgimento de novas vertentes musicais, especialmente um tal de rock n' roll.

CHUCK BERRY - É indiscutível que Mr. Chuck é visto como iniciador do modelo rock, porém sua origem é absoluta está cravada no blues, ainda mais na música de Waters. No entanto, foi o reconhecimento do blues na Inglaterra nos anos 50 que alavancaria o nascimento daquela que seria uma revolução na história da música ocidental. E foi justamente da fusão do blues, com uma então nova vertente chamada de rock, que nasceria um dos gêneros mais marcantes em essência, para toda a nova geração de músicos que surgiria a partir dali no cenário mundial. Continua!

(Com informações obtidas na internet, livros e com a ajuda de amigos apaixonados pela música)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Discos para Download - GRAM (Discografia)

Hoje os discos que vou colocar para download são de uma das bandas mais legais dos últimos tempos, a finada banda paulistana Gram. Apesar do curto período em que estiveram ativos, a banda lançou três ótimos discos, com músicas de excelente qualidade. Entre as que eu mais gosto (e indico) estão "Você pode ir na Janela", "Sonho Bom" e "Faça Alguma coisa".

A discografia tem três volumes. São eles "Gram" (2004), "Mtv apresenta - Gram" (2005) e "Seu minuto, meu segundo..." (2006). Os links para download dos discos estão logo abaixo! Enjoy!


GRAM (2004) - http://migre.me/545QD

GRAM - Mtv apresenta (2005) - http://migre.me/545TE

GRAM - Seu minuto, Meu Segundo... (2006) - http://migre.me/545SJ

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Blues e a história – Parte III – O crescimento do estilo

No final dos anos 30 e inícios dos 40 surgiram as primeiras grandes bandas de blues, de Sonny Boy Williamson e Big Bill Broonzy. E a partir de 1942 o blues sofre sua primeira grande "revolução" interna com o soar das primeiras notas eletrificadas do legendário guitarrista T-Bone Walker. Certamente é deste nome que remonta as origens do formato consagrado do blues moderno.

Com a explosão do blues em Chicago e o advento da eletricidade na música, o blues atingiu um patamar novo, deixando de ser restrito a um pequeno grupo, para se tornar cultura popular no sul dos Estados Unidos.

Em meados dos anos 40, começa um período intenso de migração do delta do Mississippi para Chicago, que já ocorria há alguns anos, porém de forma mais escassa. A população negra do sul dos Estados Unidos, procurando fugir da repressão e das condições precárias de vida que lá encontravam, viram em Chicago um lugar para novas oportunidades. Os músicos de Blues que, por essa época, chegavam em grande número a Chicago, encontraram a eletricidade na música, o que possibilitou uma gama enorme de novas possibilidades e os permitiu alçarem vôos mais altos com sua música.

Talvez o grande nome dessa nova fase tenha sido o de Muddy Waters (foto), o primeiro a eletrificar todos os instrumentos de sua banda. Com seu blues carregado, poderoso e intenso, Muddy Waters é talvez, junto com Robert Johnson, a figura mais influente e popular do blues americano, sendo o primeiro bluesman a ter seu nome reconhecido fora dos Estados Unidos, sobretudo na Inglaterra.

No país britânico, o som de Waters influenciaria posteriormente o surgimento de diversas bandas importantes como The Beatles, Yardbirds e The Rolling Stones. Essa última inclusive teve seu nome baseado em uma música de Muddy Waters, Rollin' Stone.

Outro grandioso nome do blues surgido nesse período foi o de Willie Dixon. Um dos poucos baixistas líder de banda do Blues, Dixon é considerado o "poeta do blues", já que suas letras se tornaram hinos da cultura bluesística. Sem dúvida é o mais importante compositor da segunda geração do blues. É dele a composição de um dos maiores clássicos, Hoochie Coochie Man, que se tornou famosa na versão de Muddy Waters. Entre outros clássicos estão You Shock Me, I Can't Quit You Baby, Little Red Hooster (composição em parceria com Howlin' Wolf), Spoonful e Back Door Man.

Não menos importante foi o nome de Howlin' Wolf. Guitarrista e gaitista de origem, ficou famoso por sua voz rouca e de um blues bastante swingado. Definiu um estilo impossível de não ser reconhecido, que influenciaria de forma marcante posteriormente músicos como Eric Clapton, Jeff Beck e Stevie Ray Vaughan. Suas parcerias com Willie Dixon renderam verdadeiras obras primas, além de composições conjuntas. Continua!

(Com informações obtidas na internet, livros e com a ajuda de amigos apaixonados pelo gênero)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Disco para Download! Arctic Monkeys – Suck It And See

Apesar do título horrível, o novo disco do Artic Monkeys continua com o mesmo estilo "saia para dançar". Eu não gostava deles, mas depois de ouvir bem passei a gostar. Pra mim é a mesma coisa do Kaiser Chiefs, disco para fãs.

De qualquer forma, taí a bolacha dos caras!

Track list: Arctic Monkeys – Suck It And See

01 – She’s Thunderstorms

02 – Black Treacle
03 – Brick By Brick
04 – The Hellcat Spangled Shalalala
05 – Don’t Sit Down ’cause I’ve Moved Your Chair
06 – Library Pictures
07 – All My Own Stunts
08 – Reckless Serenade
09 – Piledriver Waltz
10 – Love Is A Laserquest
11 – Suck It And See
12 – That’s Where You’re Wrong
13 – The Blond-O-Sonic Shimmer Trap (Bonus Track)

Olha aí o link: http://migre.me/52MRL 

Enjoy!

Disco para Download! Kaiser Chiefs – The Future is Medieval

Mais uma boa sacada dos caras do Kaiser Chiefs.

O detalhe é o seguinte, se você é fã, vai amar, se não conhece, vai gostar e se você não gosta, vai continuar não gostando. Eu achei bacana!

O track lista é o seguinte: Kaiser Chiefs – The Future is Medieval

01 – Back In December
02 – Can’t Mind My Own Business
03 – Child Of The Jago
04 – Coming Up For Air
05 – Cousin In The Bronx
06 – Dead Or In Serious Trouble
07 – Fly On The Wall
08 – Heard It Break
09 – I Dare You
10 – If You Will Have Me
11 – Little Shocks
12 – Long Way From Celebrating
13 – Man On Mars
14 – My Place Is Here
15 – Out Of Focus
16 – Problem Solved
17 – Saying Something
18 – Starts With Nothing
19 – Things Change
20 – When All Is Quiet

O link é o seguinte: http://migre.me/52MPJ  Enjoy friends!

Disco para Download! Neil Young – A Treasure (2011)

O novo disco do mestre Neil Young, para variar, vai fazer você repensar a maneira como ouve rock.

Escuta aí enquanto é tempo! E se prepare, pois ele deverá vir ao Brasil ainda este ano!

Track list: Neil Young – A Treasure

01 – Amber Jean
02 – Are You Ready For The Country
03 – It Might Have Been
04 – Bound For Glory
05 – Let Your Fingers Do The Walking
06 – Flying On The Ground Is Wrong
07 – Motor City
08 – Soul Of A Woman
09 – Get Back To The Country
10 – Southern Pacific
11 – Nothing Is Perfect
12 – Grey Riders

O link de download é este aqui! > http://migre.me/52MMR Enjoy!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O Blues e a história – Parte II - Robert Johnson

Na década de 30 o blues já tinha certa fama no interior dos Estados Unidos, sobretudo nas regiões onde a classe trabalhadora era mais difundida. Foi justamente nesta época que surgiu um dos nomes mais influentes e idolatrados da história do blues, o grande mestre Robert Johnson.

Nascido em 1911, negro e descendente de escravos, o pequeno Robert foi criado em uma fazenda de algodão. Assim, trabalhando no campo desde criança, teve pouca instrução, aprendendo a tocar seu primeiro instrumento, a gaita, sozinho. Quando começou a entrar na maioridade, fugiu de casa para aprender a tocar violão com outro bluseiro de primeira, Son House.

Logo passou a tocar junto com os músicos que mais o influenciaram, Charlie Patton e Willie Brown, além do próprio Son House. Juntos, perpetuavam o que se costuma chamar de country blues; o blues rural ou delta blues, pois vinham da região do delta do Mississippi.

Com vinte anos, Johnson descobriu como fazer sua guitarra chorar usando o gargalo de uma garrafa quebrada, deslizando-a pelas cordas. Já se apresentando sozinho, foi o autor de uma série de composições que retratariam diversas amarguras da vida, desde a rejeição carnal até o desconforto espiritual.

Suas letras falam de amores violentos, como em "Ramblin' On My Mind" e amores perdidos como em "Love In Vain". Com um certo senso de sutileza, ele fala sobre sexo em letras como a de "Traveling Blues", onde utiliza analogias do tipo "Squeeze my lemon till my juice runs down my leg" ("Espreme meu limão até o suco escorrer pelas minhas pernas") frase hoje mais lembrada na voz de Robert Plant quando este pertencia ao Led Zeppelin. Johnson também falava de perseguição e desespero em canções como "Me And The Devil" e "Hellbound Trail". Essas letras ajudaram amarrar a lenda de um pacto entre o diabo e o bluesman, lembrado até hoje.

A LENDA - Conta-se que Robert Johnson caminhou até uma encruzilhada em uma noite de lua nova e lá ficou parado, com um cigarro de palha na boca e seu violão na mão. Reza a lenda que quando deu meia noite, o próprio diabo em forma de homem apareceu para afinar o instrumento. Robert então teria feito um pacto com o tinhoso para que ele o tornasse o maior bluesman que já havia caminhado pela terra.

A partir daí, todos que ouvem suas músicas são encantados por ela. Na verdade Robert Johnson tocava um violão excelente e é mais provável ser a inveja, a origem das lendas que apareceram.

Johnson costumava tocar quase que de costas para o seu público. As pessoas então diziam que ele fazia isto para esconder o olhar do diabo que surgia para auxiliá-lo. Mais coerente seria supor que ele se preocupava em esconder os acordes que bolava sozinho e não queria que outros músicos na platéia o copiassem.

Por volta de 1935, ele perambulava entre as cidades dos estados de Tennessee a Arkansas. Fez uma série de gravações em 1936, que circularam pelo sul e eventualmente chegariam a ser ouvidos pelo norte do país. As canções acabariam editadas em dois álbuns, anos depois de o artista falecer. Em 1937, tocaria com ele em ocasiões esporádicas Alex Miller (Sonny Boy Williamson, o segundo), assim como Elmore James e Howlin' Wolf, mas em geral Johnson se apresentava sozinho.

Morreu, acredita-se, no dia 16 de agosto de 1938. Como toda boa lenda, existem diversos rumores para explicar sua morte, mas em geral inclina-se a acreditar que um marido ciumento colocou veneno em sua garrafa de bebida. Johnson era famoso pela atração que causava nas mulheres, como também por atrair as chamadas "mulheres erradas". Ele veio a morrer três dias depois de envenenado, sofrendo dores estomacais horríveis durante esse tempo. Isto explicaria em parte as histórias que contam dele antes de morrer, andando de quatro e uivando como um cachorro, animal muitas vezes associado com o demônio. Continua!

(As matérias são elaboradas com informações obtidas através de pesquisas na internet, livros, vídeos e histórias de amigos)

O Blues e a história - Parte I

O Céu Adentro, blog que direciona as matérias da coluna Aperte o Play! do jornal Primeira Página de São Carlos-SP, está publicando uma série de reportagens sobre a história de um dos estilos mais adorados da música mundial, o blues!
As matérias são elaboradas com informações obtidas através de pesquisas na internet, livros, vídeos e histórias de amigos que amam este estilo tão maravilhoso. A idéia principal é sintetizar em alguns textos curtos um pouco da história do Blues mundial. Acompanhe as matérias e conheça todo o mistério, suspense e sentimento que fizeram do blues mais que um estilo de música.

AS ORIGENS - O blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos (Alabama, Mississipi, Louisiana e Geórgia), dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto, posteriormente definido como "blues", para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho.

São evidentes tanto em seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto na simplicidade de suas poesias que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Com os escravos levados para a América do Norte no início do século XIX, a música africana se moldou no ambiente frio e doloroso da vida nas plantações de algodão.

Porém, o conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil quando sua essência passou a servir como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. A cena, que acabou por tornar-se típica nas plantações do delta do Mississippi, era a legião de negros, trabalhando de forma desgastante, sobre o embalo dos cantos, os "blues".

Há várias versões sobre aquela que é a primeira composição típica de blues, assim como seu primeiro idealizador. Diz a lenda que o autoproclamado "Pai do Blues" W. C. Handy ouviu este tipo de música pela primeira vez em 1903, quando viajava clandestinamente em um vagão de trem e observava um homem que tocava violão com um canivete.

Daí teria surgido aquele que é dito como o primeiro blues da história, St. Louis Blues. Porém o mais correto a afirmar é que o blues surgiu de uma forma mais ambiental e progressiva do que uma única canção. De fato, a instrumentalização das work songs (canções de trabalho) foi o marco inicial para o surgimento do blues como estilo de música.

O primeiro nome popular a surgir como músico específico de blues foi o de Charley Patton, em meados da década de 20. Posteriormente, na mesma época, surgiram nomes como de Son House, Willie Brown, Leroy Carr, Bo Carter, Silvester Weaver, Blind Willie Johnson, Tommy Johnson entre outros. A princípio, a maioria das canções interpretadas eram cantos tradicionais como Catfish Blues e John The Revelator, canções essas que tiveram vários intérpretes e versões variadas no decorrer da história. Continua na próxima edição!

Natalia Bertoli e a reinvenção da MPB

A música popular brasileira passa por um momento muito bom no que diz respeito a revelar novos talentos. Cantoras promissoras como Maria Gadu e Karina Buhr já fazem a cabeça do público a algum tempo e novos talentos surgem a cada dia no país.
Entre as novas promessas da MPB, a cantora Natalia Bertoli tem chamado a atenção do público nos últimos dias. Dona de uma voz toda particular e um estilo que mistura pop, música popular e rock, a jovem cantora, de apenas 21 anos, já dá indícios de que pode se tornar uma das novas divas da MPB brasileira.

No primeiro single, “Você chegou a ser”, já disponível para audição no YouTube, Natalia despeja boas doses de pop, acompanhadas por um violão muito bem trabalhado e uma letra que demonstra um sentimentalismo a lá Cássia Eller. O disco que vem por aí, contará com 11 músicas e seguirá a linha pop/rock nacional, com grande destaque para a voz rouca e cativante da cantora. As canções também contam com a parceria de Luis Gustavo Pereira da Silva.

Em entrevista a coluna Aperte o Play!, Natalia, que mora em Taquaritinga, no interior de São Paulo, fez questão de ressaltar o sonho de ter a música como atividade principal para sua vida. “A música é a minha vida” disse. Com relação as influências, Natalia apontou grandes nomes da música brasileira como sendo fontes de inspiração para o seu trabalho. “Gosto de Cazuza, Cássia Eller, Engenheiros do Hawaii, entre outros” afirmou.

(Com informações da coluna Aperte o Play! do jornal Primeira Página de São Carlos/SP)