O cenário independente brasileiro já produz grandes talentos há muitos anos. De todos os cantos do país brotam talentos dos mais variados estilos, especialistas em inventar novas maneiras de se tocar o bom e velho rock and roll.
Para quem, como eu, acompanha sagazmente o desenvolvimento dessa massa sonora, eu apresento uma das mais talentosas bandas cenário rock desse país.
Estou falando da banda Eletrofan, formada por Wilian Albino (vocais e efeitos adicionais), Itaici Brunetti (Guitarra), Ali (baixo) e Mark Paschoal (bateria) que é lá de araraquara e que acaba de lançar seu segundo álbum, intitulado Day Sky/Nigh Sky. O disco é um lançamento OBRIGATÓRIO para os fãs de rock neste país. A pegada pós-punk, as ótimas letras (cantadas em inglês) misturadas a toques de Muse, Interpol, Helmet e Joy Division fazem com que o som se transforme em um caldeirão de loucuras regado a timbres bem trabalhados, vocais enlouquecidos, linhas de baixo marcantes e batidas alucinadas.
Após ouvir (e curtir muito) o disco fui trocar uma idéia com o pessoal da banda aí está o resultado deste bate papo. Confira!
Quais as pretensões da Eletrofan com o novo álbum?
O objetivo é fazer as pessoas conhecerem a banda, e quanto mais pessoas ouvirem as músicas, melhor. O Eletrofan existe há algum tempo e sentimos que ela não foi apresentada a muita gente nesse tempo. Como estamos em uma nova fase e que consideramos a melhor da banda até agora, queremos aproveitar o momento para divulgar o novo álbum, fazer shows e levar o Eletrofan onde for possível. Parece que só agora nos encontramos musicalmente, e como banda também, então queremos aproveitar o momento, além de estarmos mais adultos para nos levarmos a sério como artista. Estamos empolgados com o novo álbum.
Quais as influências da Eletrofan?
Hoje cada um de nós leva suas influências musicais para a banda, mas sempre soamos como Eletrofan, isso que é o diferencial. O que você pode fazer é encontrar referências dentro das nossas canções. Tem muito de Muse, Interpol, Helmet, Joy Division, Trail of Dead,Afgham Whigs, tudo o que ouvimos. Sobre as letras estamos mais focados em sensualidade e relacionamento adulto do que em amor inocente.
A chegada de novos membros influenciou o novo som da banda?
Com certeza. O Júnior (baixista) e o Mark (baterista) que são músicos incríveis trouxeram suas influências para a banda, mas sem perdermos a identidade que criamos. Você ouve as músicas novas mas percebe que é o Eletrofan de sempre, mas com uma pegada diferente. Acho que estamos um pouco mais rock. Mais direto.
Onde vocês gravaram e como foi o processo de produção do disco Day Sky Night Sky?
Gravamos o álbum novo no Estúdio Nova em Araraquara, com a produção de Gabriel do Vale e masterizamos em Salto/SP no HP Estúdio, que já trabalhamos anteriormente. Tudo durante o ano de 2010. Compusemos todas as músicas novas durante os ensaios com os novos integrantes e tudo fluiu de forma natural, uma música atrás da outra, saia uma música por ensaio praticamente. Para completar as dez faixas do álbum reaproveitamos duas músicas da fase antiga da banda (Closed Smile e Relationship) e demos uma cara nova para elas. Para ilustrar resolvemos convidar o Chuck Hipolitho (da banda Vespas Mandarinas) para participar de algumas músicas e também a cantora Ekena Monteiro, de Araraquara.
Como está a receptividade do público?
Está bem melhor do que imaginávamos. Não sabíamos como as pessoas reagiriam á essa volta, se iam torcer o nariz ou gostar. Mas até agora temos ouvido muitos elogios, e elogios de pessoas do meio musical, que são formadores de opinião, músicos, público, e que tem um gosto que respeitamos muito. Isso nos anima bastante. Fizemos também uma apresentação na Tv Trama que recebeu mais de 2.000 visitas.Foi mais uma vitrine importante para nós.
Sobre a agenda? Há shows programados aqui para São Carlos?
Nossos próximos shows serão dia 12/2 em São Carlos no St. Patrick Pub, e 13/2 no Sesc Araraquara com os Vespas Mandarinas. Toda a galera está convidada!
Se você ainda não ouviu, faça isso logo, pois o disco é bom, é novo e está disponível nos seguintes endereços, www.myspace.com/eletrofan e www.tramavirtual.com.br/eletrofan. Vale a pena ouvir!
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
São-carlense lança biografias sobre Raul Seixas
A memória do maior cantor e compositor brasileiro de todos os tempos continua viva e movimentando admiradores em São Carlos. Estou falando do grande Raul Seixas, que acaba ter duas fases de sua vida escrita pelos olhos de Isaac Soares de Souza, amigo pessoal do músico e um de seus maiores admiradores.
Isaac conheceu a música de Raul em 1972 e após fundar o primeiro fã-clube do Brasil dedicado ao ídolo no ano de 1975, foi convidado pelo próprio para integrar seu círculo de amigos próximos. Isaac acompanhou Raul em diversos eventos e conviveu com o músico durante muitos anos em shows e na sua intimidade. Ele relembra passagens desse período de amizade com o ídolo com saudade. “O Raul era super humano. Se ele visse um mendigo dormindo na rua ele não se conformava de não poder ajudar. Ele dizia que um ser humano não poderia ver o outro em um estado como esse e ficar sem fazer nada para ajudar. Segundo ele, nós não estamos aqui na terra pra isso, nós estamos aqui para ajudarmos uns aos outros” afirma.
O escritor lança agora dois livros que abordam duas fases distintas da carreira do cantor. O primeiro se chamado Raul Seixas – O Verbalóide aborda passagens importantes e inéditas da vida e obra da carreira do músico, onde o autor aborda fatos que jamais foram publicados e apresenta uma fase muito pessoal da carreira de Raulzito. O livro é inclusive é autorizado pela família do artista.
O segundo livro, intitulado Raul Rock Seixas Brega, não é autorizado pela família do músico e aborda um lado pouco conhecido da carreira do cantor e que segundo o autor é renegado até mesmo pela família dele. “Essa biografia aborda o lado brega da música de Raul Seixas, e a família não gosta de divulgar essa fase da vida do cantor. Eles acreditam que essa seja uma fase vergonhosa da carreira do cantor. No que eu discordo totalmente. Eu acho essa uma fase fantástica” afirma.
Na década de 60 e 70 o Raul foi o maior compositor brega do país, além de ter tocado e produzido artistas na época da jovem guarda, entre eles o Rei Roberto Carlos. Isaac afirma que a família tem criado algumas restrições para que sejam publicados materiais relacionados ao artista, porém, como fã e amigo de Raul, resolveu publicar assim mesmo.“Hoje o Raul ainda vende mais de 300 mil discos anualmente. Muito mais que diversos “grandes” nomes que se consideram importantes dentro do contexto da música popular deste país” afirma. Neste livro, há letras inéditas do Raul, coisas que ele sequer chegou a gravar e que jamais foram divulgadas. Inclusive há uma letra chamada MPB - O sucesso é a tua prova, onde ele fala exatamente sobre o Brega.
O autor também já publicou biografias de artistas como Zé Ramalho e Bob Dylan, além de outra biografia sobre Raul Seixas e atualmente se dedica a biografia de Aleister Crowley, um influente pensador e ocultista do século vinte, que é tido como influencia por artistas de diversas gerações. Os dois livros recém publicados podem ser encontrados no site www.clubedeautores.com.br.
*Da coluna Aperte o Play! Editada semanalmente no jornal Primeira Página
Isaac conheceu a música de Raul em 1972 e após fundar o primeiro fã-clube do Brasil dedicado ao ídolo no ano de 1975, foi convidado pelo próprio para integrar seu círculo de amigos próximos. Isaac acompanhou Raul em diversos eventos e conviveu com o músico durante muitos anos em shows e na sua intimidade. Ele relembra passagens desse período de amizade com o ídolo com saudade. “O Raul era super humano. Se ele visse um mendigo dormindo na rua ele não se conformava de não poder ajudar. Ele dizia que um ser humano não poderia ver o outro em um estado como esse e ficar sem fazer nada para ajudar. Segundo ele, nós não estamos aqui na terra pra isso, nós estamos aqui para ajudarmos uns aos outros” afirma.
O escritor lança agora dois livros que abordam duas fases distintas da carreira do cantor. O primeiro se chamado Raul Seixas – O Verbalóide aborda passagens importantes e inéditas da vida e obra da carreira do músico, onde o autor aborda fatos que jamais foram publicados e apresenta uma fase muito pessoal da carreira de Raulzito. O livro é inclusive é autorizado pela família do artista.
O segundo livro, intitulado Raul Rock Seixas Brega, não é autorizado pela família do músico e aborda um lado pouco conhecido da carreira do cantor e que segundo o autor é renegado até mesmo pela família dele. “Essa biografia aborda o lado brega da música de Raul Seixas, e a família não gosta de divulgar essa fase da vida do cantor. Eles acreditam que essa seja uma fase vergonhosa da carreira do cantor. No que eu discordo totalmente. Eu acho essa uma fase fantástica” afirma.
Na década de 60 e 70 o Raul foi o maior compositor brega do país, além de ter tocado e produzido artistas na época da jovem guarda, entre eles o Rei Roberto Carlos. Isaac afirma que a família tem criado algumas restrições para que sejam publicados materiais relacionados ao artista, porém, como fã e amigo de Raul, resolveu publicar assim mesmo.“Hoje o Raul ainda vende mais de 300 mil discos anualmente. Muito mais que diversos “grandes” nomes que se consideram importantes dentro do contexto da música popular deste país” afirma. Neste livro, há letras inéditas do Raul, coisas que ele sequer chegou a gravar e que jamais foram divulgadas. Inclusive há uma letra chamada MPB - O sucesso é a tua prova, onde ele fala exatamente sobre o Brega.
O autor também já publicou biografias de artistas como Zé Ramalho e Bob Dylan, além de outra biografia sobre Raul Seixas e atualmente se dedica a biografia de Aleister Crowley, um influente pensador e ocultista do século vinte, que é tido como influencia por artistas de diversas gerações. Os dois livros recém publicados podem ser encontrados no site www.clubedeautores.com.br.
*Da coluna Aperte o Play! Editada semanalmente no jornal Primeira Página
* Grandes mestres da MPB - Jair Rodrigues
Jair Rodrigues de Oliveira, nascido aos 06 de Fevereiro de 1939 em Igarapava no interior de São Paulo, foi criado em Nova Europa, onde morou até 1954 e depois mudou-se com a família para São Carlos. Iniciou sua carreira em 1957, atuando como crooner em rádios e casas noturnas da cidade, que na época era famosa pela pulsante vida noturna da cidade.
Em 1958 Jair Rodrigues prestou o serviço militar no Tiro de Guerra de São Carlos, como Soldado Atirador nº 134, que na época era denominado TG 02-043. No início da década de 60 foi tentar o sucesso na capital do Estado, e conseguiu bastante reconhecimento participando de programas de calouros na televisão. Em 1965, Elis Regina e Jair Rodrigues fizeram muito sucesso com sua parceria no programa O Fino da Bossa, programa da TV Record.
Em 1966, Jair participou do festival da Record com a música Disparada, de Geraldo Vandré e Théo de Barros, desta vez em conjunto com o Quarteto Novo. Conhecido por cantar sambas, Jair surpreendeu o público com uma linda interpretação da canção. Disparada e Banda, de Chico Buarque e interpretada por Nara Leão, eram favoritas. O festival acabou empatado. A partir daquele momento, sua carreira decolou e seu talento assegurou décadas de sucesso ao cantor. Jair lançou um álbum por ano e interpretou sucessos como O Menino da Porteira, Boi da Cara Preta e A Majestade o Sabiá. Realizou turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão. Em 1971, gravou o samba-enredo Festa para um Rei Negro, da Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro.
Nas décadas seguintes, já com a carreira consolidada, Jair continuou seu legado de sucesso fazendo shows por todo o Brasil e também atuando em festivais no exterior, como Montreux e San Remo. Entre muitas músicas que se tornaram populares na voz de Jair Rodrigues estão "Triste Madrugada" (Jorge Costa), "Casa de Bamba" (Martinho da Vila), "Tengo-Tengo (Mangueira, Minha Querida Madrinha)" (Zuzuca) e "Vai, Meu Samba" (Ari do Cavaco/ Otacílio de Souza).
Jair Rodrigues continuou a lançar discos durante as décadas de 80 e 90. Já na segunda metade dos anos 90, ele se tornou um artista da gravadora Trama, de propriedade de João Marcello Bôscoli, filho de Elis Regina e lançou dois volumes de canções ao vivo que pontuaram sua carreira.
O disco que mais chamou atenção foi “Intérprete”, lançado em 2002, que tem produção musical de Jair de Oliveira, seu filho, que ainda assina a música “Mãe de Verdade”. “Intérprete” traz participações especiais de Lobão, Dominguinhos, Wilson Simoninha e Luciana Mello, também filha de Jair.
Jair Rodrigues continua conhecido por sua grande energia e sua alegria contagiante. Atualmente, Jair tem uma legião de fãs fiéis que a cada dia ganha mais adeptos e seus shows continuam empolgantes e animados como nos anos em que iniciou a sua carreira. Jair é pai de Luciana Mello e Jair Oliveira, nomes muito conhecidos da nova geração da música popular, e que continuam o legado de seu pai levando música de qualidade ao povo brasileiro. É isso amigos! Até semana que vem com mais um mestre da nossa música popular.
*Da coluna Aperte o Play! Editada semanalmente no jornal Primeira Página
(Com informações retiradas da internet)
Em 1958 Jair Rodrigues prestou o serviço militar no Tiro de Guerra de São Carlos, como Soldado Atirador nº 134, que na época era denominado TG 02-043. No início da década de 60 foi tentar o sucesso na capital do Estado, e conseguiu bastante reconhecimento participando de programas de calouros na televisão. Em 1965, Elis Regina e Jair Rodrigues fizeram muito sucesso com sua parceria no programa O Fino da Bossa, programa da TV Record.
Em 1966, Jair participou do festival da Record com a música Disparada, de Geraldo Vandré e Théo de Barros, desta vez em conjunto com o Quarteto Novo. Conhecido por cantar sambas, Jair surpreendeu o público com uma linda interpretação da canção. Disparada e Banda, de Chico Buarque e interpretada por Nara Leão, eram favoritas. O festival acabou empatado. A partir daquele momento, sua carreira decolou e seu talento assegurou décadas de sucesso ao cantor. Jair lançou um álbum por ano e interpretou sucessos como O Menino da Porteira, Boi da Cara Preta e A Majestade o Sabiá. Realizou turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão. Em 1971, gravou o samba-enredo Festa para um Rei Negro, da Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro.
Nas décadas seguintes, já com a carreira consolidada, Jair continuou seu legado de sucesso fazendo shows por todo o Brasil e também atuando em festivais no exterior, como Montreux e San Remo. Entre muitas músicas que se tornaram populares na voz de Jair Rodrigues estão "Triste Madrugada" (Jorge Costa), "Casa de Bamba" (Martinho da Vila), "Tengo-Tengo (Mangueira, Minha Querida Madrinha)" (Zuzuca) e "Vai, Meu Samba" (Ari do Cavaco/ Otacílio de Souza).
Jair Rodrigues continuou a lançar discos durante as décadas de 80 e 90. Já na segunda metade dos anos 90, ele se tornou um artista da gravadora Trama, de propriedade de João Marcello Bôscoli, filho de Elis Regina e lançou dois volumes de canções ao vivo que pontuaram sua carreira.
O disco que mais chamou atenção foi “Intérprete”, lançado em 2002, que tem produção musical de Jair de Oliveira, seu filho, que ainda assina a música “Mãe de Verdade”. “Intérprete” traz participações especiais de Lobão, Dominguinhos, Wilson Simoninha e Luciana Mello, também filha de Jair.
Jair Rodrigues continua conhecido por sua grande energia e sua alegria contagiante. Atualmente, Jair tem uma legião de fãs fiéis que a cada dia ganha mais adeptos e seus shows continuam empolgantes e animados como nos anos em que iniciou a sua carreira. Jair é pai de Luciana Mello e Jair Oliveira, nomes muito conhecidos da nova geração da música popular, e que continuam o legado de seu pai levando música de qualidade ao povo brasileiro. É isso amigos! Até semana que vem com mais um mestre da nossa música popular.
*Da coluna Aperte o Play! Editada semanalmente no jornal Primeira Página
(Com informações retiradas da internet)
*Grandes mestres da MPB – Jackson do Pandeiro
O grande Jackson do Pandeiro, paraibano de Alagoa Grande, nascido em 31 de agosto de 1919, com o nome de José Gomes Filho, era filho de uma catadora de coco, Flora Mourão, que lhe deu o seu primeiro instrumento: o pandeiro. Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry.
A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado. Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em Limoeiro", composto por Edgar Ferreira. No Rio de Janeiro, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana", "Um a Um" e "Xote de Copacabana". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.
O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele. Muitos o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino. Com seu apoio, nomes como Genival Lacerda, Antônio Barros, Bezerra da Silva, Anastácia, Jacinto Silva, Elino Julião e inúmeros outros conseguem mostrar a arte imortal do Nordeste. Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é que é Forró!", de 1981, foram 29 anos de sucessos
Jackson do Pandeiro morreu aos 62 anos, no dia 10 de julho de 1982, na cidade de Brasília, em decorrência de complicações de embolia pulmonar e cerebral. “Costumo sempre dizer que o Gonzagão é o Pelé da música e o Jackson, o Garrincha” – Alceu Valença.
Da coluna Aperte o Play! Editada semanalmente no jornal Primeira Página
(Com informações retiradas da internet)
A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado. Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em Limoeiro", composto por Edgar Ferreira. No Rio de Janeiro, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana", "Um a Um" e "Xote de Copacabana". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.
O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele. Muitos o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino. Com seu apoio, nomes como Genival Lacerda, Antônio Barros, Bezerra da Silva, Anastácia, Jacinto Silva, Elino Julião e inúmeros outros conseguem mostrar a arte imortal do Nordeste. Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é que é Forró!", de 1981, foram 29 anos de sucessos
Jackson do Pandeiro morreu aos 62 anos, no dia 10 de julho de 1982, na cidade de Brasília, em decorrência de complicações de embolia pulmonar e cerebral. “Costumo sempre dizer que o Gonzagão é o Pelé da música e o Jackson, o Garrincha” – Alceu Valença.
Da coluna Aperte o Play! Editada semanalmente no jornal Primeira Página
(Com informações retiradas da internet)
*Grandes Mestres da MPB - Bezerra da Silva
A partir de hoje, vou colocar aqui uma série de textos referentes a grandes nomes da música popular brasileira que por um motivo ou por outro acabaram "ignorados" pela mídia, mas que representam e muito o verdadeiro sentido do termo música popular. Todos deixaram um legado mítico para a música popular deste país. Principalmente aquela música que vinha de baixo, onde o povo falava e a mídia da época não queria ouvir.
José Bezerra da Silva nasceu em Recife (PE) em 9 de março de 1938. Veio para o Rio de Janeiro aos 15 anos fugindo da fome e apenas com a roupa do corpo. Fez a viagem num navio que carregava açúcar. Passou então a trabalhar na construção civil como pintor de paredes e foi nessa época, lá pelos idos de 1949, que foi morar com no morro do Cantagalo (zona sul do Rio).
Iniciado na música pelo coco (estilo musical nordestino) de outro mestre, Jackson do Pandeiro, começou, em 1950 e suas primeiras composições, "O Preguiçoso" e "Meu Veneno", foram gravadas por Jackson. Seu primeiro foi gravado, em 1969.
Cantor e compositor de verve ácida, Bezerra da Silva atirou a vida toda contra as injustiças sociais. Uma boa demonstração disso é a faixa "Partideiro Sem Nó na Garganta" do disco "Presidente Caô Caô", na qual canta, "Dizem que sou malandro, cantor de bandido e até revoltado
Porque canto a realidade de um povo faminto e marginalizado". Ou então a faixa "Vítima da Sociedade" de seu disco "Malandro Rife", na qual afirma,
"Se vocês estão a fim de prender o ladrão. Podem voltar pelo mesmo caminho, o ladrão está escondido lá embaixo atrás da gravata e do colarinho".
Bezerra colecionava parceiros que compunham muitas de suas letras. Eles eram considerados os poetas dos morros. Entre os principais estão 1000tinho, Barbeirinho do Jacaré, Baianinho, Embratel do Pandeiro, Trambique, Zé Dedão, Popular P., Pedro Butina, Simão PQD, Wilsinho Saravá, entre muito outros. Alguns preferiam divulgar apenas apelidos, para não entrarem em problemas com a justiça (por questões musicais ou não).
Apesar de ser um campeão de vendas, Bezerra da Silva sempre foi muito marginalizado pela mídia. Essa por sua vez, preferia vangloriar artistas mais elitistas e “pseudo-intelectuais” que costumam se dizer populares, mas que jamais estiveram realmente próximos ao povo. Os shows de Bezerra da Silva sempre custavam preços populares. Ele dizia que seu público precisava comprar comida com o salário que ganhava, pois se o show era de música popular, deveria custar barato, ou até ser de graça.
Bezerra da Silva foi o rosto de uma parcela do povo brasileiro que a mídia insiste em esconder. Mas seu legado continua vivo e sua música, imortal como é, ainda atrai muitos fãs. Um viva ao mestre Bezerra da Silva!
*Da coluna Aperte o Play! Editada semanalmente no jornal Primeira Página
(Com informações retiradas da internet)
José Bezerra da Silva nasceu em Recife (PE) em 9 de março de 1938. Veio para o Rio de Janeiro aos 15 anos fugindo da fome e apenas com a roupa do corpo. Fez a viagem num navio que carregava açúcar. Passou então a trabalhar na construção civil como pintor de paredes e foi nessa época, lá pelos idos de 1949, que foi morar com no morro do Cantagalo (zona sul do Rio).
Iniciado na música pelo coco (estilo musical nordestino) de outro mestre, Jackson do Pandeiro, começou, em 1950 e suas primeiras composições, "O Preguiçoso" e "Meu Veneno", foram gravadas por Jackson. Seu primeiro foi gravado, em 1969.
Cantor e compositor de verve ácida, Bezerra da Silva atirou a vida toda contra as injustiças sociais. Uma boa demonstração disso é a faixa "Partideiro Sem Nó na Garganta" do disco "Presidente Caô Caô", na qual canta, "Dizem que sou malandro, cantor de bandido e até revoltado
Porque canto a realidade de um povo faminto e marginalizado". Ou então a faixa "Vítima da Sociedade" de seu disco "Malandro Rife", na qual afirma,
"Se vocês estão a fim de prender o ladrão. Podem voltar pelo mesmo caminho, o ladrão está escondido lá embaixo atrás da gravata e do colarinho".
Bezerra colecionava parceiros que compunham muitas de suas letras. Eles eram considerados os poetas dos morros. Entre os principais estão 1000tinho, Barbeirinho do Jacaré, Baianinho, Embratel do Pandeiro, Trambique, Zé Dedão, Popular P., Pedro Butina, Simão PQD, Wilsinho Saravá, entre muito outros. Alguns preferiam divulgar apenas apelidos, para não entrarem em problemas com a justiça (por questões musicais ou não).
Apesar de ser um campeão de vendas, Bezerra da Silva sempre foi muito marginalizado pela mídia. Essa por sua vez, preferia vangloriar artistas mais elitistas e “pseudo-intelectuais” que costumam se dizer populares, mas que jamais estiveram realmente próximos ao povo. Os shows de Bezerra da Silva sempre custavam preços populares. Ele dizia que seu público precisava comprar comida com o salário que ganhava, pois se o show era de música popular, deveria custar barato, ou até ser de graça.
Bezerra da Silva foi o rosto de uma parcela do povo brasileiro que a mídia insiste em esconder. Mas seu legado continua vivo e sua música, imortal como é, ainda atrai muitos fãs. Um viva ao mestre Bezerra da Silva!
*Da coluna Aperte o Play! Editada semanalmente no jornal Primeira Página
(Com informações retiradas da internet)
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