terça-feira, 28 de junho de 2011

A história do Blues V – Os anos 60, o blues britânico e as bandas de rock

Talvez o grupo de maior importância no então, recém surgido cenário blues britânico tenha sido John Mayall and the Bluesbreakers, que além de ter grande influência no crescimento do blues dentro do país, foi a banda-alçapão de músicos que viriam a se tornar importantíssimos nesse cenário musical em ascensão, como Eric Clapton, que posteriormente viria a formar o Cream, Peter Green que sairia do grupo para ser líder e compositor do Fleetwood Mac, e Mick Taylor, que seria requisitado como guitarrista dos Rolling Stones. E, com o reconhecimento mundial desses músicos, os nomes clássicos do folk-blues americano como Robert Johnson, Son House, Muddy Waters, Howlin' Wolf e B.B. King passaram a ser referências diretas.

Foi no Newport Folk festival de 1963 que o blues teve seu auge, com a apresentação de diversas figuras consagradas do estilo. Daí em diante praticamente todos os músicos dos mais diversos estilos provenientes do rock e blues regravaram clássicos antigos.

O Led Zeppelin, em seu primeiro álbum gravou uma série de composições de Willie Dixon, porém incluindo como autoria própria, o que resultaria em uma batalha judicial, que obrigaria a banda a identificar Dixon como autor original. Na América, os efeitos foram diretos, e músicos como Creedence Clearwater Revival, The Doors, Bob Dylan e Jimi Hendrix desenvolveram seus estilos próprios fundamentados nas raízes do blues. Internamente, nomes como Albert King, Freddie King e Buddy Guy, iniciaram uma mudança na sonoridade do blues, juntando elementos típicos do rock, a guitarra distorcida e pesada, com o som tradicional, o que levaria alguns puristas a rejeitarem essa nova "moda" que contrariava o purismo tradicional da música.

STEVIE RAY VAUGHAN - Durante o anos 70, o blues, como forma predominante de influência musical, que havia influenciado o surgimento de diversas outras tendências, ia perdendo espaço cada vez mais para os elementos eletrônicos e especialmente da era disco. Até meados dos anos 80 o blues quase inexistia como estilo musical.

As aparições dos músicos clássicos de Chicago eram cada vez mais esporádicas, e a própria nova moda rejeitava a sua tendência não comercial contrastante com a fase "Dancing" dos anos 80.
Porém foi com o guitarrista texano Stevie Ray Vaughan, que o blues ganhou novas forças. Virtuoso e intenso ao tocar, Vaughan trouxe à tona um estilo até então adormecido, regravando clássicos e criando uma marca própria, unindo elementos típicos do blues de Chicago de Albert King, B.B. King e Howlin' Wolf, com o virtuosismo de Jimi Hendrix. Medalhões apagados como B.B. King, Eric Clapton e outros voltavam a ser referências, e Vaughan foi o responsável por essa nova fase.

Vaughan gravou quatro álbuns de estúdio, e neles estão composições que se tornaram referências ao blues e suas vertentes.
Após a sua morte prematura em 1990, o blues nunca mais teve a mesma força e influênca que teve em tempos passados, e por isso seu nome é lembrado como um verdadeiro herói na história do blues. Coincidentemente ou não, o desaparecimento gradativo do blues no cenário mundial nos anos 90, coincidiu com a queda de praticamente todas as vertentes musicais expressivas, que foram cedendo espaços a estilos comerciais voltados para a mídia e para o marketing, pouco preocupados com uma expressão artística e cultural, da música como forma de transmissão de idéias e emoções, o que levou a uma queda acentuada na qualidade artística das composições musicais.

Porém numa proporção mais restrita, novos músicos de blues surgem no cenário musical americano como Keb' Mo' e Corey Harris, mas ainda longe de ser expressivo e significativo como outrora fora.
(Com informações obtidas na internet, livros e com a ajuda de amigos apaixonados pela música)

Um comentário:

  1. huahuahua achei o seu blog.... vou te linkar nos meus... bjinho

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